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quarta-feira, abril 25, 2012

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Em meio a tantas linhas, muita coisa deve ter ficado subentendida.

Vida real



E dai vai surgir um novo amor, que vai trazer no fim uma nova dor. Tipico da realidade, mas durante o processo é tudo tão bom. Portanto, melhor esquecer a dor afinal ela deve ser inferior ao tamanho do novo amor.

Coisas que confortam:




Músicas, abraços, velhos amigos, bebidas quentinhas, conselhos de mãe, sorrisos, felicidades, novos amigos, mais risos e aquela porção de coisas simples que a gente só vê com o coração.

sábado, abril 21, 2012

Caquinhos





Sei que se você se importasse um pouquinho que seja com o que se passa aqui dentro de mim, a conversa iria além de um simples: "oi, tudo bem?", o que é hipocrisia da sua parte, pois sabes muito bem que não estamos nada bem.
Ué, essa é a outra face do amor, a tão temida e dolorida fase da partida, do "game over".
Garoto, não espero que seja o fim de tudo, só o recomeço dessa parte. Estamos errando tanto, e talvez não aja mais jeito.
Ah sim, há uma parte em mim, muito inocente, confesso, que acha que tudo isso vai voltar a ser como antes.
Mas eu já chorei até secar, não bombeia mais nada que me lembre você aqui dentro mentira, e se bombear... e me fizer lembrar, foda-se, eu dou um jeito de esquecer.



sábado, abril 14, 2012


Be happy.


Roda - Gigante




Hã... E depois dele viram outros, não? Ele sorriu e  acenou com a cabeça que sim, me garantiu que nada era pra sempre, que príncipe encantado nunca existiu, disse que sempre foi uma forma utópica de acreditar que pode haver perfeição.

Hum, eu sorri de volta e em seguida lhe questionei: - E se o que julgamos imperfeito fosse a perfeição? O pobre guri olhou - me com um olhar dos mais atravessados, dizendo que loucura tinha limite e era tudo uma questão de bom senso.

Fiquei pensando no que aquele trombadinha havia dito, tudo bem que era um amigo dos bons, mas dizer que loucura teria que ter limites, justo a mim que nunca gostei de coisas limitadas e temporárias de mais.

Voltei para a casa incrédula dos fatos, questionei minha mãe. Perguntei lhe se havia alguma forma de o imperfeito ser perfeito e ela disse algo que jamais irei me esquecer: "O mundo toma as proporções que nós quisermos, tudo é possível aos moldes da nossa realidade".


Texto fictício 
Hallana.

segunda-feira, abril 02, 2012

Por que me lembra você


E eu não curti muito o resto do álbum.
Mas, quem quiser baixar, tá aqui.

E eu preciso cada vez mais de ti. ♥

Livro da Semana: O pagador de promessas - Dias Gomes



O livro relata a chegada de um homem simples, junto a sua mulher a igreja de Santa Barbara. Ele faz o trajeto de sete léguas a pé até a cidade, com uma cruz sobre os ombros para a pagar uma promessa e sua mulher o 
acompanha. Zé - do burro, como fica conhecido, fez a tal promessa para salvar seu amigo (um burro). Havia prometido dar metade de suas terras para pessoas mais necessitadas e ir apé até a igreja de Santa Barbara e colocar a cruz dentro da igreja.

Ao longo da história, acompanhamos a luta e o sofrimento de Zé, que por ter feito a promessa a Iansã, isso na religião do candomblé, mas pedindo a Santa Baraba da religião católica, pois Iansã e Santa Barbara, são a mesma divindade (de certo modo). Entretanto, nem o padre, nem o monsenhor, aceitam isso e não deixam ele entrar.

Algumas das pessoas que cercam o pobre Zé, estão ali por puro interesse: 
Galego vê publicidade, afinal sua banca fica do outro lado da rua e toda história ocorre na praça em frente a igreja, no dia da festa de Santa Barbara/ Iansã. O reporter, vê em Zé, a possibilidade de fazer  o jornal ter mais lucratividade, digamos assim. Bonitão, leva a esposa de Zé a um hotel com segundas intenções e ela acaba cometendo o adultério.

Por fim, ele morre com um tiro ( a policia vai atras dele pra prende-lo, pois estaria "perturbando" ou algo assim) e entra na igreja deitado sobre cruz, os capoeiristas o carregam. 

Sendo assim, fica bem clara a discriminação sofrida por Zé, por não ter conseguido entrar na igreja e pago a sua promessa dignamente.

Um resumo melhor aqui.

Na terra do se


Se a gente percebesse que tudo o que é feito em nome do amor (e isso não inclui o ciúme e a posse) tem 100% de chance de gerar boas reações e resultados positivos

Se quem luta por um mundo melhor soubesse que toda revolução começa por revolucionar antes a si próprio.

Se aqueles que vivem intoxicando sua família e seus amigos com reclamações fechassem um pouco a boca e abrissem suas cabeças, reconhecendo que são responsáveis por tudo o que lhes acontece.

Se as diferenças fossem aceitas naturalmente e só nos defendêssemos contra quem nos faz mal.

Se todas as religiões fossem fiéis a seus preceitos, enaltecendo apenas o amor e a paz, sem se envolver com as escolhas particulares de seus devotos.

Se a gente percebesse que tudo o que é feito em nome do amor (e isso não inclui o ciúme e a posse) tem 100% de chance de gerar boas reações e resultados positivos.
Se as pessoas fossem seguras o suficiente para tolerar opiniões contrárias às suas sem precisar agredir e despejar sua raiva.

Se fôssemos mais divertidos para nos vestir e mobiliar nossa casa, e menos reféns de convencionalismos.

Se não tivéssemos tanto medo da solidão e não fizéssemos tanta besteira para evitá-la.

Se todos lessem bons livros.
Se as pessoas soubessem que quase sempre vale mais a pena gastar dinheiro com coisas que não vão para dentro dos armários, como viagens, filmes e festas para celebrar a vida.

Se valorizássemos o cachorro-quente tanto quanto o caviar.

Se mudássemos o foco e concluíssemos que infelicidade não existe, o que existe são apenas momentos infelizes.
Se percebêssemos a diferença entre ter uma vida sensacional e uma vida sensacionalista.

Se acreditássemos que uma pessoa é sempre mais valiosa do que uma instituição: é a instituição que deve servir a ela, e não o contrário.

Se quem não tem bom humor reconhecesse sua falta e fizesse dessa busca a mais importante da sua vida.
Se as pessoas não se manifestassem agressivamente contra tudo só para tentar provar que são inteligentes.

Se em vez de lutar para não envelhecer, lutássemos para não emburrecer.

Se.

Martha Medeiros
Reli a crônica dia desses no livro: "Feliz por Nada", último lançamento da escritora.

Beijos, saudades.